RE TRATOS - EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL (LISBOA, 2020)

Estas obras foram criadas entre quatro paredes no quarto de uma Mulher que questiona a presença e posição de muitas outras e da energia feminina em crise no mundo e ao seu redor. 

As figuras falam de força/fragilidade, equilíbrio/insegurança e desconforto, tornam-se misteriosas por representarem essa oposição que as faz destacarem-se nos lugares oníricos em que se encontram. Gritam. Máscaras que continuamos a ter de carregar para disfarçar as nossas fragilidades que parecem ser proibidas de se exporem ao mundo. Esta proteção é um perigo para nos tornar invisíveis, - deixar de ser quem somos ou o que pretendemos ser para nos fixarmos fechados numa montra/caixa onde apenas a imagem exterior se torna importante, eliminando aquilo que traz mais riqueza com tanta diversidade- o nosso Ser. Máscaras que maioritariamente são usadas para uma autoproteção que seria desnecessária se “força” e “fragilidade” fossem aceites como a conjugação perfeita para o Homem.